CULTURA & LAZER/O QUE FAZER EM CAMPOS

Exposição vai retratar 12 monumentos históricos de Campos

Exposição vai retratar 12 monumentos históricos de Campos

Em um mundo polarizado e em constante mudança, a arte nos ajuda a construir relacionamentos de que precisamos para nos levar mais longe em nossos objetivos coletivos. Foi partindo daí que Karla Aridi, Sylvia Paes e Beatriz Murad idealizaram a exposição “(RE)TRATANDO FRAGMENTOS DA HISTÓRIA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, que terá sua abertura no dia 6 de agosto, às 17h, com permanência até o dia 6 de setembro, na Casa de Cultura Villa Maria.

A proposta de realizar uma exposição presencial, onde, através das artes da fotografia, colagem analógica e produção textual, reapresentar 12 monumentos históricos do município de Campos dos Goytacazes pelo olhar de 3 mulheres campistas das décadas de 50 e 60, atuantes até hoje em suas áreas profissionais e artísticas, relaciona-se com a valorização cultural e histórica da cidade estabelecendo um diálogo artístico com o resgate histórico e afetivo desses 12 patrimônios históricos do município, valorizando nossas origens e dialogando com muitas outras vozes da sociedade.

Todo o trabalho será feito a partir de fotografias inéditas como fragmentos (daí o trocadilho com o título do projeto) ligando a colagem analógica e a produção textual, ressignificando alguns monumentos que mais afetivamente são lembrados pela população.

De acordo com as artistas, ao final, pretende-se levar a reflexão “Qual o patrimônio que te afeta? Por quê?”

Haverá visitas guiadas com as artistas nos dias 08, 18 e 25/8 e 5/9, às 10h e às 11h.

AS ARTISTAS

Karla Aridi Rangel – nasceu e mora em Campos dos Goytacazes.  Médica, tendo a fotografia como hobby, fez workshops e cursos de especialização e aprimoramento desta arte com os fotógrafos Dio Marcelo Pessanha e Walter Firmo “O universo da Cor” entre outros. Participou de exposições coletivas e individuais, destacando Semana de Arte da Fafic em 2016 e cafés FBCCoffe (2), FreelaCafé Cowork e SJBPhoto Week tendo 5 fotografias selecionadas para a final. “Fotografia para mim significa prazer, emoção, até uma taquicardia quando olho pelo visor a imagem. O que mais gosto é da fotografia de rua, onde aparece o inusitado por vezes, ou uma composição que passa a minha frente e eu consigo capturar aquele momento. O mais importante é o olhar e dali extrair algo mesmo que o tempo as vezes não nos permita muito. Gosto de fotografar pessoas mas sem saber que estão sendo fotografadas. O natural e o espontâneo, o dia a dia das pessoas isso me atrai muito”, disse a artista.

Sylvia Paes – nasceu e mora em Campos dos Goytacazes.  Graduada em História, especialista em Geografia Humana e Mestre em Planejamento Regional e Gestão de Cidades. Atualmente é diretora secretária da Academia Campista de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes, sócia efetiva da Associação de Autoras e Autores Campistas. Coautora de seis livros infantis da “Coleção Tô Chegando”, com ênfase no patrimônio cultural imaterial local/regional. “A escrita é complemento da imagem que fala por si só.  A escrita informa e nos conecta a nossa memória afetiva, assim cria novas imagens tecidas com as imagens dos patrimônios – patrimônios que são memórias e memórias que somos nós. De mansinho o texto deve guiar o espírito do expectador para ter olhos de ver”, afirmou Sylvia.

Beatriz Murad – nasceu e atualmente mora em Campos dos Goytacazes. Graduada em pedagogia, iniciou sua trajetória como artista colagista em 2017. Participou de exposições individuais e coletivas, presenciais e on line, nacionais e internacionais, ministra oficinas de colagem on line e presencial, co-criou a Roda de Colagem (encontros on line sobre história da arte e colagem analógica). Tendo o papel como suporte para as suas colagens analógicas e material de pesquisas, busca usar os seus fragmentos para compor cenas inéditas e de imediata identificação com o público. “Colagem é afetividade e embelezamento do já existente. Em meu trabalho, componho novas cenas colando os fragmentos recortados “pra ficar tudo mais bonito”, gerando um criativo impacto visual e a cumplicidade imediata do público. A colagem analógica é a linguagem artística que escolhi para falar com o mundo”, finalizou.