CULTURA & LAZER/O QUE FAZER EM CAMPOS

Abayomi apresentará o show “Abayomi: Luto!” na próxima sexta (25), no Sesc Campos

Abayomi apresentará o show “Abayomi: Luto!” na próxima sexta (25), no Sesc Campos

A Abayomy, uma das mais importantes representantes do afrobeat brasileiro, fará uma turnê pelo estado do Rio de Janeiro, com apresentações do novo show “Abayomy: Luto!”. O Sesc Campos receberá o show na sexta, dia 25 de julho, sexta, às 19h. O grupo vai mostrar grandes sucessos dos seus primeiros discos, como “Malunguinho”, “Sensitiva” e “Abra Sua Cabeça”, além de músicas inéditas que estarão no terceiro álbum da banda, como o single “Luto”, que dá nome ao show e que está disponível nas plataformas de música.

Formada por 13 integrantes, a Abayomy faz de cada show uma festa coletiva repleta de energia e conexão. No palco, os timbres de sopros, cordas, percussão e vozes se combinam em uma performance intensa e contagiante. A apresentação é um convite ao movimento, guiado por ritmos afro-brasileiros como ijexá, maracatu e afoxé, fundidos à força rítmica e política do afrobeat. Uma experiência para quem busca música para dançar, pensar e sentir.

“Estamos animados em levar o som da Abayomy para diferentes cantos do estado do Rio. Cada cidade tem sua energia, seu público, e essa troca é o que nos move. É um privilégio apresentar o afrobeat brasileiro em espaços que va inlorizam a música independente e nos aproximam das pessoas”, afirma o vocalista e guitarrista Gustavo Benjão.

Os ingressos custam R$ 15 inteira e R$ 7,50 meia-entrada e estão disponíveis na bilheteria da unidade, localizada na Av. Alberto Torres, 397.

Novo single disponível nas plataformas

Em seu novo single, “Luto”, disponível a partir de 27 de junho nas plataformas de música, a orquestra carioca Abayomy traz à tona questões e simbolismos fundamentais e urgentes. A faixa é dedicada à memória e às famílias de Dom Phillips e Bruno Pereira, assassinados covardemente no dia 5 de Junho de 2022, no Vale do Javari, extremo oeste da Amazônia.

Dom e Bruno eram indigenistas e pesquisadores da cultura de vários povos, entre eles o povo Bororo, um dos mais isolados e inacessíveis povos originários que ainda conservam tradições e rituais únicos, como o enterro e desenterro, onde os mortos são enterrados em vala rasa, regados por algum tempo para depois serem desenterrados e seus restos mortais como ossos e cabelos serem retirados num ritual em que um lamento profundamente forte e simbólico é cantado. 

É esse canto que se ouve na nova música “Luto”, que não apenas fala da perda mas da construção, do significado e a ressignificação da morte. Por mais doloroso que seja, o assassinato de Dom e Bruno ressignificou a luta pela preservação e proteção não apenas dos povos originários, mas também a preservação e proteção de suas reservas indígenas e suas tradições e rituais. Assim como acendeu mais uma vez um alerta para a violência contra lideranças no combate à exploração e invasão de terras indígenas. 

Mais de 15 anos de história

A Abayomy, que comemorou seus 15 anos em 2024, celebra uma nova fase sonora, aprofundando as influências da música brasileira — com destaque para os ritmos do Norte e Nordeste — e reafirmando seu compromisso com a crítica social e a celebração das raízes africanas, sem perder sua energia dançante e envolvente.

A banda surgiu no Rio de Janeiro como um tributo ao nigeriano Fela Kuti, ícone do afrobeat. Desde então, lançou dois álbuns: “Abayomy” (2012), com produção de André Abujamra, e “Abra Sua Cabeça” (2016), que contou com colaborações de Tony Allen, Otto, Céu, Pupillo e Jorge Du Peixe. 

Já passou por palcos icônicos como o Circo Voador e a Virada Cultural de São Paulo, e agora leva sua potência sonora para novos públicos, com shows a preços acessíveis. A circulação é impulsionada pelo Edital Sesc Pulsar 2025.